No 1º ano de vida, o recém-nascido age por reflexos não condicionados, inatos, etc. Depende, exclusivamente, do adulto para sobreviver, adquirindo com ele formas de comportamento e de relacionamento com o mundo externo, promovendo a maturação do sistema nervoso (cérebro) e dos reflexos não condicionados. A orientação espacial depende do desenvolvimento sensório-motor, que se inicia através da visão: a criança adapta os movimentos e ação às propriedades do espaço e dos objetos que nele se encontram. O andar ereto a conduz à autonomia, orientação espacial e compreensão do mundo dos objetos. Age movida por desejos e sentimentos do momento; deve ser ensinada a respeitar as demais pessoas, identificando as regras que regem a vida dos adultos, sendo estes, modelos para sua conduta. Necessita de elogios e busca a avaliação do adulto sobre seu comportamento; a aprovação de suas ações desperta nela o amor-próprio; a reprovação, causa vergonha. No término da 1ª infância (3 anos) aparecem os jogos e as formas produtivas de ação: o desenho, a construção - a criança copia no jogo, o conteúdo dos jogos adultos. O desenho é uma atividade representativa: começa a perceber que deve haver semelhança entre o nome dado ao objeto que desenhou para ser compreendido pelos demais. Usa o pensamento ativo para investigar o mundo em que vive: início do desejo de independência, que desencadeia a crise dos 3 anos (teimosia). Compreende melhor as funções sociais: amplia o conhecimento sobre o mundo além dos familiares, forma inicial de assimilação das relações mútuas. Através das regras éticas adquire as morais e aprende a avaliar suas ações; pela auto-avaliação, analisa seus sucessos, fracassos, etc. A expressão dos sentimentos é de natureza social, assimilando-os através da imitação. Com o aumento das relações sociais, aumenta o domínio dos meios de comunicação: a riqueza de vocabulário está relacionada a um trabalho intelectual; a criança toma consciência da linguagem que se torna um meio de planejamento e regulação de sua conduta, incorporando-se à sua inteligência. Compreende o significado das palavras, associa, compara – tudo isto aprofundado através do ensino sistemático. Os padrões sensoriais, diretamente relacionados ao desenvolvimento das operações perceptivas, mudam durante a idade pré-escolar, devido ao contato com novos objetivos, nas diferentes idades. O pré-escolar não se orienta tão bem no tempo como no espaço: o hoje é sua referência. Raciocinando mentalmente, imagina uma operação real e lógica com o objeto – é a inteligência imaginativa, que dá início à inteligência lógica. A inteligência esquemática é mais flexível e intuitiva: favorece a generalização, relações entre o todo e as partes e conexões entre os elementos principais de uma construção. A formação de conceitos é uma operação concreta que é substituída por um raciocínio verbal; a evolução mental depende diretamente do ensino, que deve ser baseado mais em imagens, introduzindo a lógica apenas no que for necessário (ex: números), para não comprometer o desenvolvimento da formação de conceitos, e também porque a inteligência imaginativa faz parte da intuição, sem a qual não é possível o desenvolvimento científico.A memória do pré-escolar é involuntária: só se lembra do que lhe causou interesse, onde concentrou maior atenção e o que mais lhe impressionou. Aos 5/6 anos, a memória voluntária é desenvolvida, principalmente através dos jogos.
fonte: http://pt.shvoong.com/books/1785090-psicologia-da-idade-pr%C3%A9-escolar/
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